A TUMBA DO RABI MEIR BAAL HANES
Ele foi um dos maiores sábios da época da Mishná, aluno de Rabi Akiva.
Nossos sábios determinaram que tudo o que está escrito na Mishná sem estar
associado a algum nome foi falado por ele.
E O QUE É A MISHNÁ ?
É uma das principais obras do judaísmo rabínico e a primeira grande redação na forma escrita da tradição oral judaica, chamada a Torá Oral.
É uma das principais obras do judaísmo rabínico e a primeira grande redação na forma escrita da tradição oral judaica, chamada a Torá Oral.
Uma bela construção com duas cúpulas foi erguida em cima de seu túmulo
no ano de 5627 (1867).
O lugar é hoje muito visitado por turistas e peregrinos do mundo
inteiro.
Muitos acreditam que acender uma vela e fazer um pedido a ele pode gerar
grandes resultados.
Báal Ha Nees (“O Senhor do Milagre”) – Por quê?
Pouco se sabe sobre sua origem e, menos ainda, de sua família. Segundo o
Talmud, ele descendia de Nero, o desequilibrado imperador romano, conhecido por
ter incendiado Roma e que, ainda segundo o Talmud, se teria convertido ao
judaísmo.
A vida do Ba'al Ha-Ness foi tão encoberta em mistério que nem seu
verdadeiro nome sabe-se ao certo. Alguns acreditam que não fosse Meir, mas
Nehorai, e que ele era chamado de Meir, que significa "aquele que irradia
luz", pois iluminava a visão e o pensamento dos estudiosos judeus com o
que ensinava sobre a Torá.
Porém, em hebraico, Nehorai significa exatamente o mesmo que Meir.
A Guemará conta que após a destruição do Bet Hamicdash, o perverso César
levou dez dos maiores sábios do povo judeu à morte, de forma trágica e
infringindo grande dor.
Para quem não sabe, a Guemará (também
pronunciada Guemora, e raramente Guemorra) (do aramaico גמרא gamar; literalmente, "estudar" ou "aprender por
tradição") é a parte do Talmude que contém os comentários e análises rabínicas
da Mishná.
Um deles, Rabi Chanina ben Teradyon foi pego ensinando Torá em público e
queimado vivo, envolto em um Sêfer Torá (rolos da Torá). Sua filha foi
aprisionada e levada a Roma.
Rabi Chanina tinha outra filha, chamada Beruryá, que era casada com Rabi
Meir. Esta pediu-lhe que fosse salvar sua irmã das mãos dos romanos. Rabi Meir
disfarçou-se de soldado e foi a Roma.
Ao chegar à prisão, o carcereiro
recusou-se a soltar a moça, mesmo que Rabi Meir lhe oferecesse uma bela quantia
de dinheiro.
Afinal, se fosse pego pelo
governo, seria morto – e de que adiantaria então o dinheiro?
Ao ouvir isso, Rabi Meir deu-lhe uma senha de três palavras a serem
pronunciadas para salvar-se de apuros:
“Eláka Demeir, Anêni”! “D’us de Meir, responda-me!”
O guarda pediu uma prova.
Rabi Meir jogou um pouco de terra em cima de cães selvagens que se
encontravam nas redondezas.
Estes avançaram sobre eles, ameaçadoramente
e o guarda quase desmaiou.
Rabi Meir, calmamente, levantou os olhos e disse: “Eláka Demeir, Anêni!”
– e os cães voltaram ao seu lugar.
Imediatamente o guarda libertou a
cunhada de Rabi Meir.
Pouco depois, o trâmite foi descoberto e o guarda, sentenciado à forca.
Aos pés do cadafalso, proferiu a senha maravilhosa de Rabi Meir: “Elaká Demeir,
Anêni!” Todas as tentativas de enforcá-lo foram em vão.
O guarda foi interpelado acerca daquele mistério e contou toda a
história. Logo, Rabi Meir tornou-se procurado e sua efigie foi gravada nos
portões da cidade.
Assim, depois de uma corrente de milagres, Rabi Meir passou a ser
chamado de Baal Hanês – “Senhor dos Milagres”.
O nome de Rabi Meir, seus ensinamentos e as histórias extraordinárias
sobre sua pessoa aparecem constantemente no Talmud Babilônico e no Talmud de Jerusalém,
no Midrash, na Sifrá e no Sifri (duas das obras do Midrash).
Ele era homem de grande fé, mas isso não o impediu de ser um homem do
mundo. Orientava os pais a ensinar aos filhos uma ocupação honesta e factível,
mas também dizia que todo ser humano devia orar a D'us pedindo-lhe sucesso em
suas empreitadas - pois que em todo tipo de trabalho, sempre havia os que
prosperavam e outros que não.
Segundo ele, a riqueza, não era conseqüência de uma determinada
profissão, mas sim uma dádiva Divina. Para ele, tudo era dádiva do
Todo-Poderoso. Foi ele quem determinou que o judeu deve abençoar o nome de D'us
ao menos cem vezes por dia.
A Tsedacá(caridade) de Rabi Meir
O túmulo de Rabi Meir Béal Hanês, em Tiberíades, ficou conhecido em
todos os cantos da diáspora por meio de emissários da Terra de Israel que iam
coletar tsedacá para fortalecer a Torá e os habitantes de lá, em nome deste
sábio.
É dito que aquele que perde alguma coisa, se prometer doar óleo para
iluminação pela elevação da alma de Rabi Meir, encontra o que perdeu
imediatamente.
Com o passar das gerações, a caixinha de tsedacá (caridade)
transformou-se em símbolo do lar judaico. Os justos de todas as gerações
estimulavam seus ouvintes a doar tsedacá para esta caixa.
Várias sinagogas do mundo, juntam dinheiro para enviar para Israel no
local da Tumba de Rabi Meir.
A tsedacá de Rabi Meir Báal Hanês foi estabelecida nas gerações passadas
para ajudar os pobres da Terra Santa.
Rabi Meir Baal Haness tem reputação de ser um trabalhador milagroso,
mesmo após sua morte. Muitas pessoas alcançaram a salvação após uma
peregrinação ao seu túmulo ou oferecendo uma oração e caridade em seu mérito.
Fui lá e ao acender as velas senti uma imensa energia no ar.
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