Um lindo passeio por Mitzpe Ramon, Dimona e pelas estradas do sul de Israel
Yom Haatzmaut, o dia de comemoração dos 68 anos da
Independência do Estado de Israel, feriado em Israel, fiz um passeio para o sul de Israel.
Já passeei por lá em outras
ocasiões, e sempre que passo pelo deserto, fico encantada com a grandiosidade e
a energia tão forte que existe nesse gigante beje e dourado.
É impressionante a imensidão e a belíssima paisagem com a
qual nos deparamos por quilômetros e quilômetros sem cansar, pois apesar de
parecer tudo igual, existem detalhes encantadores e mágicos.
Quanto mais você olha, mais você enxerga coisas que nem imagina. Encantador!!!!
Impressionante também é ver que conseguiram no meio do
deserto levantar plantações que provocam altos contrastes em sua paisagem.
Simplesmente um milagre!!!!
Na medida em que nos
distanciamos do centro de Israel em direção ao sul, vamos percebendo cada vez
menos verdes e cada vez mais aridez nas estradas.
São belezas
surpreendentes que valem a pena serem admiradas.
O objetivo era fazer um bate e volta para Mitzpe Ramon.
E lá fomos nós!!!!
Um pouco de história para você saber...
Mitzpe Ramon (em hebraico : מִצְפֵּה רָמוֹן )
é uma cidade no Deserto do
Neguev, no Sul de Israel.
O nome de Ramon vem do hebraico
"Romai", que significa romanos e mitzpe significa mirante.
Ela está situada a uma altitude de 860 metros (2.800 pés) com
vista para um cirque de erosão considerável, conhecido como a Cratera Ramon.
Mitzpe Ramon foi fundada em 1951 como
um acampamento para os trabalhadores que construiam a estrada para Eilat.
Os primeiros residentes permanentes
da cidade, imigrantes do norte da África e na Romênia, lá se estabeleceram nos
anos 1960, tornando-se uma cidade em desenvolvimento no Neguev.
A
Ramon Crater, cratera Ramon, conhecida como um
makhtesh, tem 38 km de comprimento, 6 km de largura e 450 metros de
profundidade.
Peraí...O que é um
makhtesh????
É um acidente geográfico geológico considerado exclusivo do deserto do Neguev, em Israel e na Península do Sinai.
Há moderados a fortes ventos durante
todo o ano, causados pela sua localização acima da cratera, que fazem em Mitzpe
Ramon se sentir muito mais frio do que realmente é.
Apesar de estar bem quente, a gente
não sente tanto, devido à brisa que percorre a cidade o tempo todo.
No inverno tem queda de neve de vez
em quando por lá, o que imagino que seja maravilhoso de ver.
Demorou mais de 40 anos ou
mais para o rejuvenescimento deste povoado do Negev. Sua popularidade não é
surpreendente, dada a grandiosidade impressionante da cratera, bem como os
fabricantes de queijo artesanal nas proximidades, vinícolas boutique e locais
históricos nas proximidades e em outras partes do deserto de Negev (como o do antepassado Abraão e também do pai fundador
David Ben-Gurion), assim como uma cena
artística próspera na própria cidade.
Prá gente que vem do centro de
Israel, que moramos em cidades movimentadas e grandes, existe uma forte
sensação de estarmos no meio do nada, especialmente quando sinais da estrada
alertam os motoristas sobre a passagem de camelos.
Mas no caso de Mitzpe e seus
vizinhos na região de Ramat Hanegev, um elenco incomum de personagens tem
impulsionado a área em um destino de destaque para turistas israelenses e
turistas.
O turismo faz a
cidade estar mais movimentada o ano todo.
A cratera em si
é cheia de fenômenos geológicos fascinantes, locais naturais e antigos sítios históricos.
A oeste da cidade tem uma fazenda de alpacas.
No meio da
cidade a gente se depara com alguns bichos atravessando a rua, sem se importarem
com nada. Cenas pitorescas de cidade pequena...
O crescente
interesse pelo ecoturismo, Jeep de trekking, mountain byke e caminhadas, e com
a melhora da estrada Rota 40, tem ajudado a economia da cidade, que recebe
gente do mundo todo e israelenses também.
Mitzpe Ramon
tem 6 hotéis, inclusive um de luxo e várias pousadas.
Lá por perto tem uma Vinícola de
vinhos orgânicos que são servidos com queijos fabricados em fazendas vizinhas.
O Mitzpe Ramon Jazz Club hospeda
conjuntos musicais no fim de semana. Nos dias de semana, funciona como uma escola de música.
O Adama Dance Company é uma trupe com sede em Mitzpe Ramon.
A empresa abriu um complexo na zona
industrial que oferece aulas e workshops, estúdios e um local para desempenho
de danças.
Tem a Hadasa'ar,
uma casa semi-cooperativa de café, mercearia orgânica e loja de presentes, um local que eu amei. Lembra um pouco de lugares da Vila
Madalena de São Paulo.
E tem também a Faran, uma fábrica local que faz a composição de
verduras e legumes orgânicos com leite
de cabra e sabonetes de leite de camelo, onde você pode fazer um passeio, enquanto as
crianças passar algum tempo em sua sala de jogos com uma equipe especializada.
Tem também
uma escola de dança infantil em um de seus
bairros.
A parte sul da cidade tem hotéis, pousadas, parques de
campismo e uma pousada beduína.
Na parte oriental tem
passeios de jippe, bicicleta e camelo. Tem também um jardim zoológico que
abriga animais do deserto local, incluindo cobras, lagartos e mamíferos.
O Active
Hotel, um hotel voltado para os entusiastas da bicicleta e tem a Lasher, uma padaria que
deve ser muito boa.
Um astrônomo amador, Machefsky, empacotou seus telescópios e foi
para Mitzpe, onde agora orienta os visitantes em uma excursão dos céus chamada
Astronomia Israel.
Passeamos pela
cidade e acabamos num parque onde soldados, beduínos, muçulmanos e religiosos
faziam churrasco e pic nic, cada grupo em sua mesa ou em seu canto, numa
convivência grupal amigável e divertida.
Algumas pessoas
me falaram... o que você vai fazer em Mitzpe Ramon??? Lá não tem nada!!!
Olha... não me
arrependo uma vírgula de ter ido.
Existe um
contraste enorme entre Mitzpe e outras cidades maiores, mas cada uma tem seu
encanto e seu atrativo. Depende muito do que se espera de cada lugar. O melhor
é ir de coração aberto e saber apreciar cada detalhe, cada presente de Deus e
da natureza.
Amei ter
conhecido esta cidade, onde vive uma amiga minha de infância e é muito feliz
por lá.
Um dia
memorável!!!
Na volta passamos por Dimona, outra cidade do
sul de Israel e seguimos de volta para casa apreciando a paisagem, passando por várias aldeias de beduínos perdidas no meio do deserto, plantações de girassóis e cactus e
presenciando a mágica do por do sol, visto da estrada, terminando com a certeza
de termos tido um dia maravilhoso, graças a Deus.
Viaje comigo
pelas fotos...
Dimona...
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