Em Israel, a maconha é coisa séria
Tá aí um assunto bastante controverso em todo mundo...
Maconha....Em Israel a coisa é séria de verdade.
A produção e o uso da maconha com fins medicinais é legal
em Israel.
No kibutz Na'an, Roth que sobreviveu ao holocausto e a uma
apoplexia que quase lhe custou a mobilidade das mãos e, em 2011 perdeu sua
mulher. Graças à maconha consegue superar um pouco melhor as dores físicas e
emocionais. Depois que começou a fumar consegue pintar ou escrever com
segurança.
Na casa para idosos
Hadarim, a maconha faz parte do tratamento médico. Eles são parte dos onze mil
pacientes que fumam maconha em Israel de forma legal e livre.
Na geriatria o futuro não importa, mas sim o presente, a
qualidade do agora e a possibilidade de longevidade sem sofrimento.
Extraída com uma seringa e dissolvida em iogurte 3 vezes
ao dia em doses de meio grama, a maconha diminui drasticamente a necessidade de
remédios, segundo enfermeiras, médicos e pacientes.
Pacientes com Parkinson inalam a fumaça em um vaporizador
6 vezes por dia, ajudados por uma enferneira que usa uma máscara. Porém o
efeito mais potente é fumando um baseado. A maconha não muda a realidade, mas
ajuda a ser aceita com mais facilidade.
Aqui em Israel, o uso da maconha é coisa muito séria. A produção
e o uso medicinal são legais no país.
A indústria local floresce autorizada
pelo Ministério da Saúde. Centenas de kilos são produzidos legalmente todos os
anos.
Tikkum olam ( acertando o mundo), é o maior dos oito
viveiros autorizados para cultivar a canabis.
O composto psicoativo tetrahidrocannabiol (THC), o
principal elemento ativo da maconha, foi isolado pela primeira vez por
Mechoulam em 1964.
Em meados dos anos 60, o Dr. Dan Efron, chefe da
farmacologia da Saúde do Instituto Nacional Mental, voou para Israel e trouxe
com ele um enorme carregamento de THC. Grande parte das pesquisas realizadas
com a maconha nos EUA, foi feito com o material que Efron provavelmente
contrabandeou para os EUA.
O THC, princípio ativo da maconha que tem sido utilizado
para estudos no Instituto Nacional de Saúde em Whashington, foi importado de
Israel num momento em que nenhum cientista americano poderia esperar receber
apoio e financiamento para pesquisas envolvendo maconha. Com uma população de 8
milhões, apenas cerca de 11 mil israelenses tem prescrições. Desde o início da década
de 90 a maconha tem sido cultivada em fazendas regulamentadas e distribuída por
dispensários registrados, sendo que o paciente pode escolher entre cápsulas,
biscoitos, extratos, flores secas ou na forma de pellet para ser vaporizado.
Israel tem sido a vanguarda das pesquisas com Cannabis e
nos últimos 30 anos, também esteve na vanguarda dos países que comercializam
legalmente a Cannabis medicinal.
A doença de Crohn, esclerose múltipla e dores crônicas
concedem a qualquer cidadão o direito de comprar e usar a Cannabis
medicinalmente. Claro que tudo com receitas médicas.
O cannabiol como composto
ativo (CBD) e não o THC, foi desenvolvido inclusive para crianças com câncer.
Há estudos que comprovam que ele alivia inflamações, convulsões, ansiedade,
depressão, desordem por estress pós- traumático, esquizofrenia e náuseas.
Uma das estufas mantidas pela organização, e autorizada
pelo governo israelense, fica em algum ponto no Norte do país.
Por medida de
segurança, não se pode dizer a localização exata. No local, estão 10
mil vasos de maconha que serão usados para fins medicinais.
O cultivo é cuidadoso: a área reservada às plantas mais
novas é uma espécie de maternidade, com luz artificial 24 horas.
O psiquiatra
Yehuda Baruch é o responsável pelo programa que receita maconha medicinal em
Israel. Ele diz que os principais pacientes são os que sofrem de dor crônica
e os que têm câncer.
O Ministério da Saúde de Israel publicará um documento
oficial detalhando as condições do uso da maconha medicinal para crianças que
sofrem crises epilépticas.
Estima-se que, em Israel, cerca de 200 crianças sofram atualmente convulsões
graves de diferentes graus. Nestes casos, a crise epiléptica é acompanhada de
outros sintomas, seja por razões genéticas ou devido a problemas de
desenvolvimento neurológico. A autorização, entretanto, só é válida caso outros
tratamentos não sejam eficazes.
Há também estudos sendo feitos no Instituto Technion , em
Haifa, norte de Israel, sobre a ajuda da maconha no retardamento do crescimento
de alguns tumores cancerígenos. Estão considerando se a planta com suas
variantes, pode também ser itulizada como meio de luta ativa contra tumores
cerebrais e câncer de mama, emobra estejam investigando também outros tipos de
tumores.
Ainda não se tem uma conclusão segura sobre essa pesquisa,
mas continuam no caminho para mais alguma grande descoberta.
Aqui o uso recreativo da maconha é proibido.
O governo estuda a possibilidade de distribuição pelas
farmácias, como qualquer outro medicamento.
Existe aqui também o mercado negro da droga. Mesmo com
toda dificuldade os usuários procuram sempre um caminho que os leve a um fornecedor e preços mais razoáveis.
Mesmo sendo um país com menos corrupção, sempre existe alguém que corre o risco
de oferecer um produto desejado por tantas pessoas. Existe uma grande demanda
para isso.
Aqui a produção, venda e uso são considerados crimes pelo Código Penal, porém o uso de até 15
Gramas é considerado crime de menor potencial. Nesse caso, o indivíduo
condenado deverá fazer algum tipo de trabalho social, tratamento médico ou
pagar multa.
Sabemos que a maconha ainda é considerada por vários
seguimentos, como algo do mal , mas é fato que ela traz muitos benefícios para
muita gente.
Deixo claro que esta matéria não é uma apologia a esta droga, mas sim um
veículo de informação que pode ser útil para muitas pessoas.
Mais um motivo de orgulho de nosso país.
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